Quantas vidas mais precisam ser perdidas na descida do Pé de Serra em Maracás?

Quantas vidas mais vamos precisar contabilizar até que as autoridades acordem para a tragédia anunciada que é a descida do Pé de Serra, em Maracás? A cada novo acidente, o luto se espalha por famílias, comunidades e pela estrada, que se transforma em palco de dor e indignação. Até quando?
Enquanto recursos públicos são desviados para festas e ações de impacto passageiro — muitas vezes mais voltadas à autopromoção política do que ao bem-estar do povo —, a vida segue sendo ignorada. O trecho da descida do Pé de Serra, que há anos clama por atenção, segue mal sinalizado, perigoso e sem a mínima infraestrutura para evitar acidentes graves.
É inaceitável que em pleno 2025 ainda não haja sinalização adequada, pista duplicada ou área de escape para conter veículos em situação de emergência. São medidas básicas, urgentes, que podem salvar vidas imediatamente. Mas o que vemos é o contrário: a omissão e o silêncio de quem deveria agir.
Alô, governador Jerônimo Rodrigues! Onde está o seu compromisso com a segurança viária e com a população do interior da Bahia? A região de Maracás também é Bahia, também é povo, também precisa de investimento e cuidado.
Alô, prefeito de Maracás! A cidade precisa mais do que discursos. Precisa de atitude. De providências. De respeito ao cidadão que circula todos os dias por aquela via, seja a trabalho, em transporte de mercadorias ou simplesmente para viver sua vida.
Não se trata de política, se trata de responsabilidade pública. Chega de empurrar com a barriga o problema que já levou tantas pessoas à morte. A omissão custa caro — custa vidas.
Enquanto a pista não for duplicada, enquanto não houver sinalização decente, enquanto não instalarem um escape adequado, a estrada continuará sendo uma armadilha mortal. E cada nova tragédia será também responsabilidade direta de quem poderia ter evitado — mas preferiu ignorar.
A população de Maracás e de toda a Bahia clama por ação. Que esse grito ecoe até os ouvidos das autoridades. Antes que mais uma vida seja ceifada.