Mauro Cardim critica MBL após saída do movimento: “Arregaram”

Mauro Cardim, recentemente excluído do Movimento Brasil Livre (MBL) na Bahia, falou sobre sua saída, atribuiu ao grupo a “falta de maturidade” e mencionou supostas interferências políticas. Suas declarações, em tom de desabafo, misturaram uma certa decepção pessoal com as lideranças do movimento na Bahia.
“Dentro ou fora?” – A polêmica do MBL
Em pod cast Mauro foi questionando: “Você tá dentro ou tá fora? Você tá igual ao Tenóbio, tá dentro ou tá fora!”, em referência à postura do MBL diante de alianças e conflitos internos. Mauro confirmou que sua saída foi articulada e não poupou críticas ao movimento, afirmando que os jovens integrantes “não aguentaram a pressão, arregaram”.
Acusações de interferência política
O ex-membro do MBL sugeriu que sua exclusão pode ter sido motivada por pressões externas, citando indiretamente o ex-prefeito de Camaçari, pré-candidato a deputado estadual Elinaldo Barbosa (União Brasil), que está envolvido em operações policiais, com o “Rei do Lixo”. “Eu não quero acreditar, porque muitos me dizem que isso aconteceu devido a interferências políticas”, disse Cardim, ressaltando que o MBL deveria evitar qualquer aproximação com figuras investigadas.
Defesa de novos quadros e futuro político
Cardim afirmou que entrou no MBL com o objetivo de ajudar na construção do Partido Missão na Bahia, ainda em formação, e que pretendia representar tanto o partido quanto o movimento em futuras candidaturas. No entanto, criticou a falta de experiência dos líderes do MBL estadual: “Os meninos são jovens, não aguentaram a pressão”. e mencionou a presença de membros do MBL em eventos com Elinaldo, o que, segundo ele, contradiz os princípios do movimento.
Agora fora do MBL, Mauro Cardim sinaliza que aguarda a criação do Partido Missão e dialoga com a direção nacional.
O que vem pela frente?
A saída de Cardim acende um debate sobre as fissuras internas no MBL na Bahia e sua estratégia de alianças. Enquanto alguns apoiadores defendem uma linha mais dura contra políticos tradicionais, outros parecem flexibilizar posições em nome de conveniências eleitorais. A resposta do movimento e os próximos passos de Cardim devem definir os rumos desse impasse.