Monarquia vs. República: Por que Dom Pedro II ainda é um modelo de governante

No recente podcast em que Mauro Cardim comentou sobre a transição do Brasil Império para a República, uma frase chamou atenção: “Nós começamos errado quando saímos da monarquia.” A afirmação pode soar polêmica para alguns, mas um estudo histórico mais aprofundado revela que há fundamentos sólidos nessa visão.
A República prometida x A República real
A Proclamação da República, em 1889, foi vendida como uma grande modernização, mas na prática, consolidou-se como um golpe militar liderado por elites descontentes com o poder moderador de Dom Pedro II. Enquanto a monarquia brasileira, sob o comando do imperador, manteve relativa estabilidade política e econômica por décadas, a República iniciou seu ciclo com crises, revoltas e uma sequência de governos instáveis.
Dom Pedro II era um estadista erudito, que investia em educação, ciência e cultura, mantendo o Brasil respeitado no cenário internacional. Já a República, em seus primeiros anos, mergulhou o país em conflitos como a Guerra de Canudos e a Revolta da Armada, além de consolidar o poder das oligarquias cafeeiras no chamado “café com leite”.
O mito do atraso monárquico
Mauro Cardim menciona que “no Brasil a gente conta a história pela metade”, e de fato, a narrativa republicana muitas vezes reduz o Império a um regime “antiquado” e “elitista”, omitindo que:
- O Brasil foi uma das poucas nações sem inflação durante o Segundo Reinado.
- Dom Pedro II aboliu a escravidão gradualmente, enquanto muitos republicanos eram escravocratas.
- O voto censitário da monarquia era similar ao de outras democracias da época, e o país tinha uma das imprensas mais livres do mundo.
Um legado ignorado
A defesa de Mauro Cardim à monarquia não é saudosismo, mas um reconhecimento de que Dom Pedro II foi, de fato, um governante excepcional para seu tempo. Enquanto a República trouxe descentralização do poder, também abriu espaço para corrupção, instabilidade e ciclos autoritários.
Será que o Brasil teria sido melhor se mantivesse uma monarquia constitucional moderna, como Inglaterra ou Suécia? A história não se repete, mas comparar os dois sistemas nos faz questionar: a República cumpriu suas promessas?
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Fontes pesquisadas:
- Livros como “Dom Pedro II: Um governante moderno” de José Murilo de Carvalho.
- Dados econômicos do Segundo Reinado.
- Análises sobre o movimento republicano e seus líderes.