Opinião | A Educação não pode ser refém de quedas de braço

Meus amigos de Lauro de Freitas, não poderia deixar de me manifestar diante do que vem ocorrendo no nosso município. Mesmo em meio à correria por toda a Bahia, foi impossível ignorar a crise que se instaurou entre os professores, parte do Legislativo municipal — em especial o vereador Tenóbio — e a Prefeitura.
Estamos diante de uma queda de braço que vai muito além de interesses políticos ou institucionais. O que está em jogo são as nossas crianças. Elas são as verdadeiras vítimas dessa disputa que vem comprometendo o presente e ameaçando o futuro da educação em Lauro de Freitas.
É inaceitável que a sala de aula se transforme em campo de batalha ideológica ou política. É urgente colocar um ponto final nessa instabilidade. Precisamos de diálogo, de maturidade, de responsabilidade. É preciso deixar as vaidades de lado e sentar à mesa, como adultos, para construir um caminho comum em defesa da educação pública.
Não podemos normalizar a interrupção do ano letivo, nem a desvalorização dos nossos professores. Também não podemos transformar a categoria em inimiga, quando, na verdade, são eles os maiores aliados na missão de salvar nossas crianças do abandono, das ruas, do tráfico e da violência.
Se a educação é a base de tudo — e é — então ela precisa ser prioridade. Isso inclui garantir condições dignas de trabalho aos educadores e, ao mesmo tempo, assegurar que o calendário escolar seja respeitado, que as crianças estejam aprendendo, se desenvolvendo e sonhando com um futuro melhor.
Acredito que a prefeita Débora Régis, que tem mostrado compromisso com a cidade, também esteja buscando uma solução. Mas é fundamental que todos os envolvidos — vereadores, professores, sindicato e a gestão municipal — saiam de suas trincheiras e se encontrem em um ponto comum: o interesse coletivo.
A sociedade civil, os pais e mães de alunos, e todos que amam Lauro de Freitas, devem se unir nesse apelo: paz, diálogo e solução. Não podemos permitir que nossos filhos paguem o preço pela falta de entendimento entre adultos.
A educação é o caminho. Os professores são peças-chave nesse processo e devem ser tratados com o respeito e a dignidade que merecem. Ainda há tempo. Basta disposição para escutar, humildade para ceder e coragem para agir.
Contem comigo. Estou à disposição para somar forças em qualquer esforço que tenha como objetivo proteger nossas crianças e fortalecer a educação em nosso município.
Porque Lauro de Freitas merece mais. E nossas crianças também.